quarta-feira, 18 de agosto de 2010

25ª Romaria da terra do Paraná











Quilombo: Resistência de um povo, território de vida , foi o tema da 25ª Romaria da terra do Paraná, na cidade de Adrianópolis – Vale do Rio Ribeira, divisa com o Estado de São Paulo, Diocese de Paranaguá-PR, no dia 15 de agosto de 2010. Com esse jubileu de prata, buscou-se o aprofundamento da comunhão com os povos quilombolas. Por isso a CPT(Comissão Pastoral da Terra) convocou toda a sociedade para esse grande mutirão de solidariedade, de denuncia e anuncio das mais diferentes formas de opressão e resistência junto ao povo do Vale do Ribeira que é uma das regiões mais carentes de serviços públicos do Estado.
Estavam presentes cinco mil pessoas de várias entidades, movimentos sociais, igrejas, partidos políticos, comunidades indígenas e quilombolas. Foi um dia de celebração, de reivindicação, de partilha, de encontro, de troca de conhecimento e experiências de vida.
No primeiro momento foi feita a acolhida seguida do café da manhã para os romeiros e romeiras que chegavam de todos os cantos do Estado do Paraná, da região de São Paulo e de outros Estados do Brasil.
As nove horas iniciou-se a celebração da memória e resistência dos quilombolas, com a entrada da bandeira do Divino Espírito Santo, as 24 bandeiras das romarias acontecidas no Estado, a representação da força feminina com os balaios de flores que gestam a vida, os balões representando os sonhos dessas comunidades, a entrada da Biblia dentro de um pilão seguida da ginga dos capoeiristas ao som do berimbau. Ascendeu –se a grande fogueira e o Evangelho foi proclamado. Dom João Alves dos Santos - bispo de Paranaguá fez a reflexão da Palavra de Deus. Em seguida foi a procissão com o estandarte de Zumbi dos Palmares que acompanhou toda a romaria, juntamente com a cruz e os demais símbolos.
Na seqüência, houve a caminhada de três quilômetros até o centro da cidade, onde aconteceu o almoço e o show do povo com: musicas, poemas, poesias, apresentação cultural, mensagens e os recados dos romeiros e romeiras.
Na parte da tarde, após o momento cultural, continuou a celebração com o ofertório dos frutos das comunidades quilombolas: aipim, melado, taiada(doce feito de farinha de mandioca, gengibre e melado) doce de laranja e banana. Deus seja louvado pelo pão partilhado.
A mensagem final foi dado pelo bispo Dom Ladislau Biernaski,- presidente nacional da CPT e secretário da CNBB Regional Sul II.
Assim romeiros e romeiras voltaram para suas comunidades alimentando o sonho e a esperança de que Deus não abandona seu povo. Quilombo, lugar de liberdade, reencontro e fraternidade, território de teologia, lugar de manifestação divina.
Um abraço negro na fé e na resistência!
Irmã Silvana Sampaio Gomes

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Uma irmandade chamada Provincia São Francisco de Assis. Um grupo de 105 mulheres de várias etnias e regiões desse país chamado Brasil. Estão presentes em vários países desse globo. Tem como opção de vida seguir Jesus Cristo ....

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