Ao completar um mês de convivência no Bairro
Quilombo II, é muito gratificante estar com as famílias, é muito diferente do
que vir escutar e voltar para uma casa mais confortável. Aqui sentimos as
mesmas necessidades, falta de água, tomar banho de caneco, poeira, longe do
comércio, casa pequena... Tudo isso nos faz lembrarmos Paulo quando escreve aos
coríntios “Embora eu seja livre em relação a todos, tornei-me o servo de todos,
a fim de ganhar o maior número possível. Com os judeus, comportei-me como judeu,
a fim de ganhar os judeus; com os que estão sujeitos à Lei, comportei-me como
se estivesse sujeito à Lei — embora eu não esteja sujeito à Lei —, a fim de
ganhar aqueles que estão sujeitos à Lei. Com aqueles que vivem sem a Lei,
comportei--me como se vivesse sem a Lei, — embora eu não viva sem a lei de
Deus, pois estou sob a lei de Cristo —, para ganhar aqueles que vivem sem a
Lei. Com os fracos, tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Tornei-me tudo
para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo. Faço tudo isto por causa
do Evangelho, para me tornar participante dele”.
Logo quando chegamos, algumas pessoas nos
dizia: o que vocês vieram fazer aqui, não fique morando aqui não, não tem água,
tudo é longe, volte pra onde vocês estavam. Agora nossa casa tornou-se
referência, onde as pessoas nos procuram, seja para chamar a ambulância,
comunicar a morte de alguém e irmos rezar, para rezar o terço na casa a fim de
pagar promessa, organizar o grupo da Mãe Rainha, catequese, missa, enfim
fazemos coisas que nem estava em nossos planos. Está se formando o grupo do
terço, toda a semana rezamos em uma casa.
Alegramo-nos por ter um pároco muito
sensível, aberto, desapegado e acolhedor das necessidades do povo. O mesmo se
preocupa em dar o melhor atendimento a este bairro que está sendo formado,
temos missa todos os domingos. Também estamos organizando, o dízimo, a
catequese para as crianças, adolescentes e adultos. Estamos conseguindo outra
casa para catequese e formação que iremos realizar de agora em diante.
Começamos a visitar as famílias, vamos fazer
um cadastro socioeconômico, a fim de começar um trabalho formativo a partir das
necessidades que vamos tendo conhecimento. Isso vinha em nossos planos desde o
inicio do ano passado, mas agora estamos começando a por em prática.
Estamos começando a organizar uma horta
comunitária, já temos o espaço, conseguimos terra e estrume com a prefeitura,
vamos cercar o local e começar o cultivo. No dia 25, vamos com um grupo de
agricultores da feira e outras pessoas conhecer a escola técnica onde faço o
curso de agroecologia.
Portanto, continuamos animadas em nossa
missão, contamos com a colaboração de D. Ana, Mãe de Sandra.
Marisa Ribeiro do Amaral
Turmas de catequese
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