segunda-feira, 20 de agosto de 2012

V SEMANA SOCIAL BRASILEIRA - DIOCESE DE PALMARES - PE

 Nos dias dezessete e dezoito de agosto de dois mil e doze, o setor de pastoral social da diocese de Palmares realizou o aprofundamento da V Semana Social  Brasileira.  Estavam presentes  representantes de oito paróquias.  
A acolhida e apresentação foi feita pelo diácono Francisco (Chico) e a mística motivada por Ir. Cristiane Martins de Barros. Na sequência Ir. Marisa Ribeiro do Amaral fez memória de como surgiu a Semana Social Brasileira e os temas e lemas das quatro semanas que antecederam a que estávamos realizando o Estudo. 
Apresentou também o Tema: Participação da sociedade no processo de democratização do Estado Brasileiro eLema: Bem Viver: Caminho para uma nova sociedade com o novo Estado,  da V Semana Social Brasileira.
Seguindo na proposta de trabalho, Plácido Júnior da Comissão Pastoral da Terra fez uma rápida análise da conjuntura pernambucana e nacional onde destacou:
Ø  Territorização do capital e monopólio do território camponês;
Ø  CAMPO: lugar privilegiado da atuação do capital;
Ø  No momento atual do capitalismo a crise significa um avanço do sistema capitalista;
Ø  Aumento da superexploração do trabalho;
Ø  Diminuição dos custos de produção;
Ø  Apropriação dos bens naturais;
Ø  Ascorporações recorre ao Estado;
Ø  Nenhuma família assentada em 2011 em PE;
Ø  109 comunidades quilombolas só em PE;
Ø  Transposição 8 bilhões já se foram e os canais prontos precisam de reformas;
Ø  Des-envolvimento do jeto feito pelo capitalismo não dá, ele desenvolve, desarticula o povo;
Ø  Incra desapropriou as terras para a Cooperativa Tiriri.   As terras de SUAPE pertence ao INCRA.
Ø  Agricultores e pescadores sendo expulsos de SUAPE.
Na sequência, Plácido abriu o debate perguntando aos participantes: Como o capital e o Estado atuam nesta diocese?Que assim responderam:
A concentração de riqueza continua com poucos. Desenvolvimento do estado é maquiado. Desenvolvimento social humano é esquecido.Palmares está fora doeixo de desenvolvimento de SUAPE.Empresas agindono meio político partidário para manter o poder. Década de 70 éramos 90 milhões em ação. Hoje somos 190 milhões em questão.Nosso Estado sempre foi um estado pobre, sofrido.Desenvolvimento sempre esteve no sul e sudeste.Porque o Estado não tem controle social, controle de natalidade?Falta de qualificação profissional. Precisamos pensar em educar e profissionalizar o povo.  Após as enchentes de 2010 e 2011 que o Estado está fazendo as primeiras intervenções nesta região através das barragens e do projeto reconstrução que chega de cima para baixo, sem diálogo com a sociedade civil ou população atingida.
Finalizando a análise, Plácidodeixou a seguinte questão para refletir, pensar: Que sociedade estamos querendo construir?
A noite, os participantes participaram do jubileu da pastoral da criança, missa na catedral.
No dia 18,a mística foi motivada por Ir. Joelma e, na sequência Pe. Herminio Canova da Comissão Pastoral da Terra, iluminou a temática através de trabalho em grupo com leitura de alguns capítulos do texto base da V Semana Social Brasileira e de algumas exposições teóricas.
 Após todas essas colocações, foi agradecida a presença e contribuição de Pe. Herminio.
A tarde, Ir. Sandra Leoni, iniciou  com o vídeo “História das Coisas” fechando o ver e a iluminação e encaminhando para o agir. Em seguida foi feita a leitura do texto “Bem Viver” do texto base da V Semana Social Brasileira. Em vista de uma proposta para o Estado que queremos, foi feita uma breve explanação sobre Economia Solidária como embrião de uma nova sociedade. Na sequência encaminhado para trabalho em grupo, a fim de discutir que compromissos assumir como cidadãos (Estado) e como católicos (Igreja) e sugerir nomes para a V Semana Social Brasileira a nível regional que acontecerá nos dias 15 a 17 de março. 
 Segue as propostas apresentadas e assumidas pela plenária:
*      Criação de um fórum permanente na diocese sobre o desenvolvimento que queremos;  Ficou para este Fórum de Debate encaminhar as seguintes propostas:
Ø Promover audiências públicas sobre transnordestina;
Ø Momentos de reflexão com os movimentos e pastorais da diocese sobre sustentabilidade e desenvolvimento;
Ø Elaborar um documento solicitando ao Governo do Estado de Pernambuco prestação de contas da reconstrução das cidades atingidas pela cheia.
Ø Provocar a criação de um conselho sobre mortalidade materna;
*      Criar e incentivar nas paróquias equipes para trabalhar a Economia Solidária para colocar em prática o Estado que queremos;
*      Colocar em prática o conteúdo da escola fé e política com maior participação das pessoas e comprometimento dos padres com capacitação permanente a cada semestre;
*      Provocar nas pastorais a participação nos Conselhos Municipais;
*      Dar visibilidade as pastorais sociais nas paróquiase do setor diocesano;
*      Produzir e aproveitar dos materiais existentes para a formação de agentes das pastorais sociais e de material gráfico para as paróquias, divulgando as Pastorais Sociais existentes na diocese e o setor das pastorais sociais.  Este ficou para o Setor Social Diocesano com representante de cada pastoral social elaborar.

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